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Vale D'Urso

É uma linda aldeia do Concelho de Proença-a-Nova sendo de realçar a ponte construída no ano de 1896 e a ribeira de águas limpas que a atravessa.

É uma linda aldeia do Concelho de Proença-a-Nova sendo de realçar a ponte construída no ano de 1896 e a ribeira de águas limpas que a atravessa.

O Blog da Nossa Terra

Este espaço tem por objectivo estimular o convívio entre os Valdursenses. Aqui divulgaremos as actividades que envolvam os três povos da capelania: Casalinho, Foz do Pereiro e Vale D’Urso. Convidam-se todos os residentes, naturais e amigos das três aldeias a enviar os textos e fotos a publicar para o endereço "e-valedurso@sapo.pt"

Os Bolos da Ti Stina da Atalaia e da irmã

Estas duas almas eram duas costureiras da Atalaia que vinham às nossas casas “costurar ao dia” tal como o sapateiro vinha “fazer sapatos ao dia” (o sapateiro da Figueira).

Recebiam a jorna, almoçavam e até, por vezes, petiscavam umas “buchas”. Eram duas criaturas baixinhas, adoráveis, que com os seus xailes pretos pela cabeça onde sobressaíam um ou dois dentes da frente uma bengala e pequena trouxa na mão vinham muito cedo para trabalhar no Vale d’ Urso. Como tinham que fazer perto de 5 quilómetros teriam que levantar-se muito cedo.

Esta história está a ser contada não pelos dotes de costura mas por outra história que me ocorreu.

Havia uma outra velhinha que com a ti Stina ia ás feiras e aos mercados vender um bolo que tinha o mesmo aspecto que um croissant mas neste caso mais espesso e naquele tempo ninguém sabia o que era um croissant. Este bolo era de pouco doce, e levava ovos, mel pouco e uma pitada de limão. A verdade é que fazíamos fila para compra-lo. Ainda hoje tenho a imagem destas senhoras vestidas de negro com xaile na cabeça sentadinhas nuns “Mochos” baixos ao lado uma da outra, a tirar os bolos de um cesto que tinham levado à cabeça. O local era na rua ao lado direito da porta de entrada da Igreja Matriz em Proença-a-Nova onde havia uma tasca que vendia sandes de atum em pão farto e com “Champorrion” (isto era café de cafeteira com vinho e açúcar) Naquele tempo nós que tínhamos dez ou doze anos bebíamos estas mistelas doces com álcool como se fosse uma limonada. Possivelmente foi por isso que a minha triste cabeça nunca foi por aí além.

A verdade é que foram bons tempos.

Autor: Sebastião Pires

Os Contos (histórias) no Inverno à fogueira

 

 

Tenho saudades da minha infância, da vida que tinha, dos familiares e dos amigos de então. Tenho saudades do Inverno no Vale d’Urso, a aquecer-me à fogueira, quando não tinha que estudar o “vocabulário” e quando toda a gente já tinha comido a “Seia”.
Bom tempo, aquele em que as pessoas já entradas na idade, possivelmente com a idade que tenho hoje e que me pareciam muito velhos e eu hoje não quero sentir-me velho, mas outros o dirão de mim. Esses, já cheios de experiência, contavam as histórias dos negócios do mercado ou da feira, contavam histórias da “Ceifa”e contavam as histórias dos “Medos” que apareciam de noite no “cano das duas bocas”, dos mortos que fugiam dos “esquifes” ou que acordavam e faziam fugir todo o mundo. Histórias da tropa que normalmente envolviam o cabo ou o sargento da companhia.
A maioria já partiu e agora não se contam histórias á fogueira. A televisão conta-as, pré-fabricadas dos “canos de duas bocas” da América e o Computador liga-nos à Austrália, ao Brasil e aos Estados Unidos em segundos. Vivemos épocas que não adivinhamos lembranças no futuro das nossas crianças, por certo serão outras as histórias.

O Assis Pacheco no Programa “ A Cornélia” dizia sobre as mulheres bonitas que ele conheceu quando era novo “ As Belas do meu tempo”.

 

(Autor: Sebastião Pires)

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Pensamentos e Provérbios:


O comportamento é um espelho em que cada um revela a sua imagem.
Johann Goethe

O nosso vocabulário

Chamiço -> Lenha miúda; Graveto
Pramorde -> Por mor de
Ougadouro -> pau com uma cabaça na extremidade
Ougar -> regar a horta com um Ougadouro
Telhador -> Tampa de uma panela
Parriba -> para cima
Morrinha -> chuva miudinha
Ingremença -> invenção, engenhoca

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